Plano de Execução BIM (PEB)

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Plano de Execução BIM (PEB)

Plano de Execução BIM (PEB): A Estrutura que Garante o Sucesso de Projetos na Construção Civil

Na indústria da construção civil, onde prazos, orçamentos e qualidade precisam andar lado a lado, o uso da metodologia BIM (Building Information Modeling) trouxe uma nova forma de pensar, projetar e executar obras. No entanto, a aplicação do BIM exige gestão eficiente da informação, alinhamento entre equipes e clareza nos objetivos. É nesse cenário que o Plano de Execução BIM (PEB) se torna uma ferramenta indispensável.

O que é o PEB e por que ele é essencial?

O PEB (ou BIM Execution Plan) é o documento que estrutura e alinha o uso do BIM dentro de um projeto específico. Ele define diretrizes técnicas, padrões, responsabilidades e entregáveis, garantindo que todos os envolvidos sigam um fluxo de trabalho coeso e produtivo.

É importante destacar que o PEB não é o mesmo que o BIM Mandate. Enquanto o BIM Mandate trata da política interna da empresa em relação ao uso do BIM (níveis de detalhamento, formatos, objetivos), o PEB é específico para cada projeto e traz o “como fazer” da operação.

Fases do PEB

  1. PEB Pré-Contrato
  2. PEB Pós-Contrato
  • Apresenta os requisitos do cliente.
  • Serve como base para que os projetistas demonstrem sua capacidade de atender tecnicamente às demandas do projeto.
  • Define o nível de informação (LOI/LOD), objetivos e usos esperados do modelo (orçamento, compatibilização, planejamento etc.).
  • Documento oficial e vinculativo ao contrato dos projetistas.
  • Detalha cronogramas, softwares utilizados, matriz de responsabilidades, estrutura de arquivos, critérios de qualidade e plataformas de troca de dados.
  • Serve como base legal para auditoria, validação de entregas e gestão de riscos.

Principais Componentes do PEB

  • Objetivos do Projeto: Define os usos do modelo (ex: orçamento 5D, planejamento 4D, operação 6D).
  • Equipe e Softwares: Lista profissionais, disciplinas e ferramentas utilizadas, promovendo interoperabilidade e evitando erros de conversão (ex: IFC).
  • Matriz de Responsabilidades: Define com clareza as atribuições de cada participante.
  • Cronograma e Fases: Alinha prazos de entregas com o planejamento físico e financeiro da obra.
  • Padrões e Procedimentos: Nomenclatura, origem do modelo, segmentação por torre ou bloco, e forma de colaboração (ACDat, CDE).
  • RIE – Requisitos de Informação dos Elementos: Especificação de nível de detalhe e atributos esperados por fase.
  • Controle de Qualidade: Clash detection, validação de normas técnicas, auditoria de modelos.
  • Entregáveis: Define os formatos (IFC, DWG, PDF), estrutura de pastas, e protocolo de submissão.

Quem elabora o PEB?

A construção do PEB é colaborativa:

  • Pré-contrato: Proposto pelos fornecedores com base nos requisitos do cliente.
  • Pós-contrato: Consolidado pela equipe de coordenação (engenheiro BIM, coordenadores de projeto, consultores) com base nos insumos recebidos.

O que torna um PEB eficaz?

  • Objetividade: Um PEB funcional deve ser direto, aplicável e adaptado ao nível de maturidade BIM das equipes.
  • Alinhamento com o contrato: Ter valor jurídico garante seu cumprimento.
  • Revisão contínua: O PEB deve ser documento vivo, ajustado conforme as necessidades e fases da obra.

Benefícios Reais do PEB em Obras

  • Maior controle sobre prazos e escopo.
  • Redução de retrabalho e interferências.
  • Aumento da qualidade das entregas.
  • Melhor colaboração entre disciplinas.
  • Dados confiáveis para estimativas orçamentárias e acompanhamento físico-financeiro.

Se você deseja adotar o BIM com eficiência, o PEB deve ser visto não como uma formalidade, mas como uma ferramenta estratégica. Ele é o elo entre projeto, planejamento e execução, sendo decisivo para gerar valor real para o cliente e segurança para os tomadores de decisão.

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